A Caminho da Maravilha
Terezinha e Maria Daura
é só pegar a estrada
sinuosa empoeirada
que parte do coração
na lembrança tome acento
e deixe asas ao vento
voar a imaginação
seja outra vez a criança
doida, leve, ágil ou mansa
que ainda vive em você
e usando sua vontade
pelas lentes da saudade
veja o que mais ninguém vê
uma figueira na estrada
um tacho de goiabada
que ainda está por raspar
a dormideira roxinha
no pasto de manhanzinh
aque o orvalho vem marejar
comtemple o velho pau d'alho
retrata galho por galho
a grandeza da família
qual um gigante bondoso
prossegue silencioso
nessa incansável vigilia
e o bambuzal que ao vento
agita a compasso lento
sua verde cabeleira
foi plantado ali parente
pela mão da nossa gente
das gerações a terceira
por isso venha chegando
não se acanhe, vá entrando
que a maravilha o espera
pise essa terra que é sua
onde o rio espelha a lua
e é eterna a primavera
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